Carnaval: A palavra pode ter duas origens. Uma italiana: carnevale e outra grega: carrum navales.
A primeira está relacionada à ideia de se fazer uma festa para se comer muita carne, uma churrascada, por conta da quaresma quando se passa quarenta dias sem comer carne segundo a tradição católica.
A segunda está relacionada aos desfiles antigos em homenagem a Dionísio, quando sua imagem esculpida era transportada por um barco com roda puxado por cavalos (Carro naval).
Em sua origem o período do folguedo estava ligado às ações religiosas, por isso que a Páscoa acontece quarenta dias após o carnaval.
Com o passar dos anos o folguedo foi perdendo o sentido ao incorporar em si as mais diversas tradições cultistas pagãs.
No Brasil carnaval é sinônimo de devassidão a partir da liberação sexual.
Para muitos o carnaval é como um momento ‘anti-divino’, mas com possibilidade de divinização a partir das cinzas da quarta feira para aplacar a ira de Deus. Na quarta de cinzas, evoca-se que vindo do pó, para o pó retorna como que se morre e revive das cinzas no mito da Phenix, egípcia.
Não se deixe enganar.
O carnaval é o continuísmo das antigas bacanais greco-romanas, as festas dionisíacas que hoje acontecem nas diversas “formas culturais”.
É lamentável que em nome da cultura rios de dinheiros do povo desembocam no lamaçal da violência de todas as espécies, enquanto parte da população não tem cidadania e são apenas saciados pelo engodo do “pão e circo”.
Só que o povo participa do “circo”. Pois nem as migalhas caem para “os cachorrinhos”.
Como seria bom que as máscaras caíssem e a população pudesse contemplar as marcas leprosas das políticas públicas.
Com certeza um dia a carne deixará de 'valer' o 'carro naval' submergirá e o povo terá pão e cultura ao invés de violência e devassidão.
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