Um casal de idosos será indenizado pela Uber que foi agredido
por motorista. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) entendeu que a Uber faz
parte da cadeira de prestação de serviços e tem responsabilizada por danos
morais.
A decisão do TJ-SP defini que a Uber deve pagar o valor de R$
8.000,00 para cada idoso agredido pelo motorista do aplicativo.
Entenda o caso. Segundo o processo, o casal de idosos,
solicitou a corrida pelo aplicativo, ao entrarem no carro percebeu uma lata na
mão do idoso e sem identificar o produto foi recusando os passageiros dizendo que
"não entraria bêbados" em seu carro.
E, mais ao saírem do veículo, os idosos foram agredidos e empurrados
pelo motorista. Pasmem! O idoso portava apenas uma lata de Água Tônica.
O TJ-SP rejeitou o recurso da Uber, “Em razão da agressão,
os autores – idosos – sofreram lesão leve, conforme laudo pericial; fato que,
por norma de experiência, traz sempre dor, sofrimento, angústia, aflição,
perturba a tranquilidade e sentimentos, a gerar dano moral, passível de
indenização”.
"E com razão, por isso que na interpretação dos
dispositivos do Código de Defesa do Consumidor, o STJ vem decidindo que todos
aqueles que participaram da introdução do produto ou serviço no mercado
respondem solidariamente por eventual defeito ou vício, isto é, imputa-se a
toda cadeia de fornecimento a responsabilidade pela garantia de qualidade e adequação",
afirmou o desembargador Matheus Fontes, relator da matéria.
Recebemos informações que a Secretária Sinodal da Pessoa Idosa do Sínodo de São Paulo, realiza aos domingos, às 15 horas, uma ação solidária missionária com moradores de ruas.
Ó Deus, tu és o meu
Deus! Anseio por ti! A minha alma tem sede de ti; todo o meu ser anela por ti,
como terra árida, exausta e sem água.
Queridos. Os seres humanos
possuem desejos de completude absoluto, mas nada pode torná-los completos. Esses
desejos no geral nos levam a preenchê-los com qualquer coisa que esteja aos
nossos alcances. O medo deste vazio nos
leva a preenchê-lo demasiadamente de muitas coisas.
Precisamos refazer a
experiência do salmista no deserto, redescobrir que é Deus quem provoca a sede,
talvez a maior urgência do momento: A minha alma tem sede de ti.
Em hebraico, alma/nephesh,
ou garganta. A alma em nós é o que
espera receber o sopro da vida: ruah. A alma é, pois, o
apetite de vida, a garganta aberta à espera de.
É paradoxal que o povo
que passou quarenta anos no deserto e que teve que experimentar de forma dolorosa
a sede tenha guardado esse mesmo vocabulário para descobrir a busca de Deus.
Felizmente, a
insatisfação conduz também a outra coisa: o vazio é preenchido através da
visão: «Quero contemplar-te no santuário».
Por que razão David, no
deserto, fala agora de santuário? Nostalgia de um tempo em que se encontrava
tranquilo a meditar na casa de Deus? Ou visão da fé pela qual o próprio
deserto se torna lugar da presença de Deus?
Esta segunda
interpretação abre perspectivas interessantes: “glória/kavod” em hebraico, se
traduz por abundância.
No deserto, Davi encontrou
a abundância de Deus.
Esta «abundância» passa
pelo louvor que enche a boca do salmista: «com vozes de júbilo te louvarei».
Como é que a seca e a
infertilidade puderam transformar-se tanto? Talvez graças a este versículo
intermédio: «Quero bendizer-te toda a minha vida». Bendizer significa transmitir
a vida. Dito de outra maneira: pela minha vida (bem viva!), devolvo-te a vida
que tu me deste.
Fazer a experiência da
sua própria vulnerabilidade, da condição frágil do ser humano, deixa lugar para
receber o dom da vida e depois para sermos nós a transmiti-lo.
É essa a troca que se
realiza na oração: eu devolvo-te o que recebi de ti, e fico contente por isso!
Depois de ter
experimentado a abundância de Deus no coração do deserto, o salmista abre-se
num louvor emocionante em que se sucedem imagens maternais, sublinhando a
ternura do «seu Deus»: «A minha alma está unida a ti»: és tu quem me precede,
és tu que defrontas o perigo para mim. «À sombra das tuas asas eu exulto»,
«porque tu és o meu auxílio».
«Auxílio» é uma palavra
muito bonita: é a que descreve o papel de Eva junto de Adão; deve ter sido a
que Jesus utilizou ao dizer aos seus discípulos: «Eu apelarei ao Pai e ele vos
dará outro Paráclito para que esteja sempre convosco» (João 14,16).
Neste contexto, que
parece apaziguado a partir de agora, porque razão acabar com a evocação tão dura
dos inimigos e mentirosos?
A Bíblia tem esta
honestidade de nunca esquecer que vivemos num mundo onde coexistem as trevas e
a luz. Esta liberdade de expressão com Deus é essencial para que a oração seja
verdadeira.
Em Deus há lugar para
receber tudo; o ouvido de Deus não tem medo de escutar até mesmo as palavras
violentas. Resta ao Espírito Santo, através de um trabalho paciente,
transformar o ardor da imprecação em perdão.