Segundo Clóvis Cechinel, geriatra do laboratório Cedic Cedilab, a escassez da inclusão deste grupo etário em campanhas de prevenção fez com que estas pessoas se sintam à margem dos riscos de serem contaminadas pelo HIV e, assim, continuem se expondo, desprotegidas em suas relações sexuais. “O preservativo, para este grupo etário, é um artefato pouco utilizado ao longo de suas vidas, e apresenta dificuldade técnica na sua utilização. Alia-se a este desuso a ideia de que a camisinha é uma ferramenta meramente anticonceptiva e o receio de perda de ereções efetivas”, pondera o médico.
Cechinel lembra que o atual uso de drogas corretivas de distúrbios eréteis passou a ser fator relevante, encorajando os idosos no aumento do número de exposições sexuais, com consequente desproteção, fato que repercutirá ainda mais, futuramente, na elevação das estatísticas de HIV. Um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde sobre o comportamento sexual dos brasileiros mostrou que 67% da população entre 50 e 59 anos se diz sexualmente ativa. No grupo acima de 60 anos, o índice também é expressivo: 39%. A média de relações na parcela acima de 50 anos é de 6,3 ao mês. “A responsabilidade por isso se deve, em parte, à difusão dos remédios para disfunção erétil. A longevidade sexual da população está aumentando e a prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis precisa ser intensificada”, destaca o geriatra.
Para o médico, a inibição, tanto do médico quanto do próprio idoso, em falar sobre a vida sexual, são fatores que fazem com que o diagnóstico seja mais tardio. “O diagnóstico tardio é uma das principais razões de morte precoce. Os médicos costumam associar os sintomas a outras doenças, como Alzheimer, câncer e tuberculose, e passam meses em investigações infrutíferas até desconfiar de AIDS. Mesmo quando se tem o diagnóstico, tende a crer que a contaminação foi por transfusão de sangue”, afirma.
O geriatra reforça que as interações do coquetel com outros medicamentos já utilizados pelos idosos também produzem reações indesejáveis. “Com a imunidade enfraquecida, eles morrem por qualquer resfriado banal. Envergonhados, isolados e censurados pela família”, finaliza.
Redação 24 Horas News
Cechinel lembra que o atual uso de drogas corretivas de distúrbios eréteis passou a ser fator relevante, encorajando os idosos no aumento do número de exposições sexuais, com consequente desproteção, fato que repercutirá ainda mais, futuramente, na elevação das estatísticas de HIV. Um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde sobre o comportamento sexual dos brasileiros mostrou que 67% da população entre 50 e 59 anos se diz sexualmente ativa. No grupo acima de 60 anos, o índice também é expressivo: 39%. A média de relações na parcela acima de 50 anos é de 6,3 ao mês. “A responsabilidade por isso se deve, em parte, à difusão dos remédios para disfunção erétil. A longevidade sexual da população está aumentando e a prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis precisa ser intensificada”, destaca o geriatra.
Para o médico, a inibição, tanto do médico quanto do próprio idoso, em falar sobre a vida sexual, são fatores que fazem com que o diagnóstico seja mais tardio. “O diagnóstico tardio é uma das principais razões de morte precoce. Os médicos costumam associar os sintomas a outras doenças, como Alzheimer, câncer e tuberculose, e passam meses em investigações infrutíferas até desconfiar de AIDS. Mesmo quando se tem o diagnóstico, tende a crer que a contaminação foi por transfusão de sangue”, afirma.
O geriatra reforça que as interações do coquetel com outros medicamentos já utilizados pelos idosos também produzem reações indesejáveis. “Com a imunidade enfraquecida, eles morrem por qualquer resfriado banal. Envergonhados, isolados e censurados pela família”, finaliza.
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