Ceia do Senhor e a Graça Divina

Ceia do Senhor: Estado de graça.        

Texto: 1o.Co.11:28 – “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.

Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim.

Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais

a morte do Senhor, até que ele venha. Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice”

 

Utilizado: Caçote/Uchoa.10.97 – Tejipió: 01.05.2022

 

Considerações – Qual o significado da ceia? Na época de Jesus, a ceia era a Última refeição do dia, geralmente é rápida e feita depois do jantar ou antes de deitar para dormir.

Qual o propósito da Santa Ceia do Senhor? A Ceia do Senhor é a lembrança do o sacrifício que Jesus fez na cruz, por nós, nos oferecendo a vida eterna: "Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice anunciais a morte do Senhor, até que ele venha”.

A Ceia do Senhor como meio de graça. Não é o pão ou vinho que se tornam eficazes; eles só são eficazes pela operação do Espírito de Deus nos corações dos eleitos, mediante fé, como diz o Breve Catecismo de Westminster.

 

 

Introdução - Não há no Novo Testamento outra passagem que desperte tanto interesse como esta. Ela nos dá o aval para o mais sagrado ato de adoração da Igreja que é o sacramento da Ceia do Senhor.

Esta carta foi escrita antes dos Evangelhos, por isso o texto de Corintos é o primeiro relato que temos a respeito da ceia.

O Sacramento da Ceia do Senhor pode ter diversos significados para as pessoas, mas para ser beneficiado por ele não necessitamos de compreende-lo; assim, como para ser beneficiado pelo pão não precisamos conhecer a química de sua fabricação.

Quando Jesus pegou o pão e disse: isto é meu corpo. Não pode ser o seu corpo físico porque ele estava vivo; numa reflexão mais profunda, podemos refletir que não só representa o corpo mas algo mais.

O vinho representa um novo pacto. Havia um pacto velho; uma velha relação entre Deus e o homem que estava baseada na lei.

Por meio dessa relação Deus escolheu o seu povo, mas para que o povo pudesse ser beneficiado desta relação devia cumprir a Lei de Deus. Isto é, a continuidade do pacto dependia do cumprimento da lei.

Com Jesus a realidade é outra não dependemos da Lei, mas do amor.

Não precisamos ter habilidade para guardar a lei, mas da graça livre do amor de Deus que é oferecida aos homens

Em Cristo não precisamos ter temor do Juiz. Precisamos do amor do Pai.

No velho pacto, por não cumprir a lei o homem temia a Deus, assim como um criminoso, em tese, teme ao juiz. No novo pacto o homem se aproxima de Deus como o filho se aproxima do pai.

Indignamente -  O texto fala sobre comer e beber deste pão e vinho indignamente.

O que significa isto? O que é indigno? É não saber discernir o corpo do Senhor. Isso pode significar duas coisas.

1) Aquele que come sem saber o significado dos símbolos sagrados ou não percebe o glorioso significado do amor de Deus neles revelado.

2) Aquele que não reconhece que a igreja representa “o corpo de Cristo”.

 

Pecadores - Nesta época Paulo havia reprovado aqueles que estavam provocando divisões dentro da igreja.

Pode ser que Paulo, esteja dizendo que o que “come indignamente” seja aquele que não se tenha dado conta de que a igreja é o corpo de Cristo e que nela não deve haver divisões.

Em outras palavras, Paulo está dizendo que as desgraças que caíram sobre a Igreja de Corintos é fruto do não discernimento do ‘outro’ como corpo de Cristo mas que estas desgraças não vêm para destruir, mas para disciplinar e assim fazer seguir pelo caminho correto.

 

Conclusão - A frase que proíbe que o homem coma e beba indignamente não deixa de fora o pecador que se arrepende; se a mesa de Cristo fosse só para pessoas perfeitas ninguém participava dela.

Queridos lembrem-se.

Para o homem que ama a Deus e ao seu próximo o caminho está sempre aberto e sendo sua vida vermelha como a escarlata ou preta como a escuridão, Jesus a tornará branca como a neve e luminosa como o sol do meio dia.

Faça agora um exame de consciência e em posição de contrição confesse seus pecados a Deus, depositando-os sobre o substituto, que é Jesus; aquele que nos tornou TeKnia (criança) diante de Deus e participe da Ceia do Senhor neste instante.

Lembre-se você não precisa da Lei para chegar a presença de Deus porque é o amor que Ele tem para conosco que nos fez participantes do grande banquete espiritual. Amém

O objetivo final da Ceia não é expressar a dor e sofrimento que trouxe a morte, mas sim o romper com todas as estruturas da opressão que roubou a paz e desumanizou as pessoas.

É a celebração da vitória, da graça do amor em Cristo Jesus.          

Por isso, afirmamos que a Ceia do Senhor é muito mais símbolo, ela descreve uma realidade que pode ser experimentada pela fé.

É algo que penetra no coração humano e traz profunda satisfação que nos faz viver e gostar da vida como um dom de Deus. “Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por Ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio”. II Coríntios 1: 20.