Sal. 95,6...DEUS NUNCA SE ERRA
Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do
Senhor, que nos criou.
Nosso
século vive a banalização de Deus. A tendência humana é torná-Lo pequeno e
insignificante. O conceito bíblico de Deus é diferente. Para a cultura
hebraica, Deus não era simples “energia”, “aura”, “luz” ou “influência”. Deus
era Deus. Soberano e eterno. Criador dos Céus e da Terra. Deus pessoal e
presente na vida humana.
O
convite do salmista é para que todos se unam a Ele na oração e no reconhecimento
da grandeza do Criador. “Ajoelhemos”, disse o profeta, usando a palavra
hebraica barak, que significa, literalmente, reconhecer que Deus sempre tem
razão. Ele nunca Se equivoca. Seus conselhos são sábios e visam a felicidade
humana, mesmo que pareçam não ter sentido para a criatura.
O
mistério de Seus desígnios não significa arbitrariedade. Não é o pai irado que
grita para o filho: “Cale a boca, você simplesmente deve obedecer.” Esse
aparente mistério parece indecifrável ao ser humano, que é limitado por valores
mesquinhos e terrenos. Um dia, quando a criatura for libertada de sua natureza
humana, tudo será esclarecido.
As
crianças quando aprendem a engatinhar, ficam fascinados pelas tomadas
elétricas. E tenta colocar o dedinho nas aberturas das tomadas, e assim
colocava sua vida em risco. Nessa idade, é inútil explicar a uma criatura
novinha a reação que poderia produzir a junção do pólo positivo com o negativo.
Quando os pais dizem “não”, era só para o bem do filho, embora ele seja incapaz
de compreender.
Essa
é a razão que o salmista dá, no texto de hoje, para adorar a Deus.
“Ajoelhemos”, disse ele, reconheçamos que Deus é sábio, nunca Se equivoca e só
quer o nosso bem.
Se
você depositou sua vida nas mãos de Deus e, apesar disso, as coisas não saíram
como você gostaria, confie no Senhor, ajoelhe-se, adore-O, porque Ele sabe o
que está fazendo. Mais breve do que você imagina, o entenderá. Não desanime.
Para chegar ao porto da vitória, é preciso velejar com o vento, às vezes a
favor, às vezes contra, mas não parar de velejar.
Por
isso, “vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos
criou”.
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