quinta-feira, 31 de março de 2022

Campos prontos

João. 4:35-38: Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa? Eu, porém, vos digo: erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa.

O ceifeiro recebe desde já a recompensa e entesoura o seu fruto para a vida eterna; e, destarte, se alegram tanto o semeador como o ceifeiro. Pois, no caso, é verdadeiro o ditado: Um é o semeador, e outro é o ceifeiro. Eu vos enviei para ceifar o que não semeastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho.


Queridos. Para uma melhor compreensão deste texto é necessário que tenhamos conhecimento do contexto no qual ele foi escrito. Quando falamos do contexto devemos buscar algumas informações de relevância cultural que ajudará a entender melhor o que Jesus quis dizer.

Jesus estava em Samaria e o que Ele viu no campo era o seu desejo que o mundo fosse assim para com Deus.

A expressão: “vocês costumam dizer: daqui a quatro meses começam a colheita”, é um provérbio popular.

Os judeus dividiam o ano agrícola em seis partes e cada divisão reuniam dois meses: Era da semeadura, do inverno, da primavera, da colheita, do verão e do calor.

O que Jesus estava dizendo era: Vocês, samaritanos tem um dito popular que diz: Quando plantar a semente, deve esperar quatro meses para depois colher.” Ele estava em Sicar, província samaritana, conhecida até hoje pela qualidade do trigo que produz. Poder produzir trigo era uma dádiva de Deus, pois as terras da Palestina não ofereciam condições para tal.

Jesus disse: olhai os campos prontos para ceifa, demorou quatro meses para crescer, porém em Samaria há uma colheita para ser feita agora.

Jesus apresentava um contraste com a natureza. Na colheita comum tem que se esperar quatro meses, já em Samaria a Palavra foi semeada e a ceifa já estava pronta.

Jesus também pode ter usado uma figura de linguagem. Ao ver uma grande multidão o seguindo, certamente vestida de branco, cor muito comum na época, comparou a multidão com os campos prontos para a ceifa.

Da forma como Jesus falou podemos deduzir que algo incrível tinha acontecido. O semeador e o colhedor podiam se sentirem felizes ao mesmo tempo. Porque os frutos surgiam imediatamente a semeadura.

Para os judeus o período da semeadura era um momento mais difícil. Já o momento de colher era o mais feliz.

Leiamos o Salmo 126:5-6. Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão.

Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes.

Nestas palavras há algo escondido e que nos é revelado em Amos 9:13 - Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que o que lavra segue logo ao que ceifa, e o que pisa as uvas, ao que lança a semente; os montes destilarão mosto, e todos os outeiros se derreterão.

Os judeus sonhavam com a idade de ouro, o dia em que Deus reinaria soberanamente.

O que Jesus está dizendo é: A idade de ouro chegou; o tempo de Deus está aqui. Não há mais razão para esperar. O campo está pronto, vai e colhe.

No verso 37, há outro provérbio que diz: Um semeia e outro colhe. E Jesus faz duas aplicações dele.

Primeira - Mandaria os discípulos colher onde não haviam plantado. Isso é. Estava plantando, pois em sua cruz estava semeada a semente do amor e do poder Deus e que chegaria o dia em que eles saíram pela terra para colher o que Ele semeou com sua vida e com sua morte.

Segunda – Que os discípulos semeariam, mas outros é quem haveriam de colher. É como estivesse dizendo que a Igreja Cristã enviaria muitos, mas que jamais veriam a colheita. Ou talvez estivesse dizendo vocês vão trabalhar, mas não vereis o resultado de vosso trabalho. Não temas, não te desanimes porque a semeadura não será em vão, pois outros colherão por você.

Nesta passagem bíblica, Jesus deixa dois recados para nós.

Primeiro - Um recado de oportunidade. Há momento em que os homens estão sensíveis a Deus. E neste momento que a Igreja deve aproveitar para evangelizar (colher). Nunca deixe passar uma oportunidade em que você possa falar de Jesus.

Segundo - Um recado de desafio. Muitos crentes estão destinados a semear e nunca colher. Qualquer que seja o seu ministério, ele não terá êxito, se não for pela graça de Deus.

Não se importe com a colheita, plante, semeie porque tudo que fazemos para Cristo é um sucesso, embora não o presenciemos no momento.

Se não vemos os frutos de nossas obras outros verãos, lembre-se disso porque na vida cristã não há lugar para desespero, por não alcança o resultado.

Faça, produza e deixe que Deus realizará a obra.


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