Atos 4,31... A Oração Audível. Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos. A oração audível e em público se faz necessária para nós, e não para Deus.
É verdade que a igreja não necessita,
prioritariamente, de orações cheias de adjetivos, que, não poucas vezes, se
caracterizam pela falta do poder do alto. Mas a oração audível, quando bem
proferida e oportuna, expressando de modo claro os sinceros desejos do povo ali
reunido, contagia a congregação. Cada frase, cada petição proferida no poder do
Espírito, deve ser confirmada com um "amém" solene, o que leva os
adoradores a um sentimento de união entre si e de mais intimidade com Deus.
Orações proferidas em público devem ser
uma espécie de conversa com Deus. A espontaneidade das palavras facilita a
compreensão, prende a atenção, reacende o fervor, fortalece a comunhão e
expressa melhor os desejos.
Em Atos 4:31 temos uma igreja orando em
conjunto, de forma audível e participativa. Ali estavam aqueles cristãos dos
primeiros tempos orando com intenso fervor e, "sob a influência do
Espírito, palavras de arrependimento e confissão misturavam-se com cânticos de
louvor por pecados perdoados". Como resultado, "o lugar onde estavam
reunidos tremeu".
Se isso aconteceu com os discípulos, não
pode acontecer conosco?
Se não ocorre com mais freqüência
conosco é porque o conduto de energia está sendo obstruído por nos
concentrarmos em coisas insignificantes, estando, entre elas, a busca de cargos
e posições nas diversas esferas administrativas da igreja. Em outras palavras,
vivemos o dilema dos discípulos antes de serem convertidos: "Quem será o
maior?"
Temos de reconhecer que a incapacidade
de uma pessoa orar com poder está relacionada com o fato de o evangelho ser
para ela uma simples filosofia de vida sem muito significado. Para quem pensa
assim, a oração apenas faz parte de um ritual litúrgico, de formalidades sem
muito sentido. O que está faltando de nossa parte para obtermos a vitória por
meio da oração? Acaso a resposta não estaria em Tiago 4:2, 3: "Nada tendes
[...] porque pedis mal [...]?"
A oração feita com fervor, sinceridade e
poder, proferida de forma audível e pública, deu aos discípulos o senso do que
é essencial e mais importante para a vida cristã e os livrou da trivialidade e
do superficialismo. Hoje podemos, igualmente, passar pela mesma experiência.
REFLEXÃO: "Sejam
conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com
ações de graças" (Fp 4:6).
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