Diga não aos legalistas. Eu quereria que fossem cortados aqueles que vos andam inquietando. Gálatas 5:12
Queridos. No versículo 12 do capítulo 5 do livro aos gálatas, o apostolo Paulo faz comentários pessoais a respeito aos legisladores. Provavelmente os legalistas não se contentariam apenas com a circuncisão em seu zelo por ordenanças, havia algo muito mais tenebroso por trás disso. A prática da castração masculina.
A castração masculina era conhecida e praticadas por alguns cidadãos
do mundo antigo; e acontecia frequentemente entre os sacerdotes pagãos como no
culto de Attis-cybele, que se desenvolvia na Ásia.
Para Paulo comparar o antigo rito judaico da circuncisão com
as práticas pagãs, era algo surpreendente. Mas por um lado, a defesa da circuncisão
e os esforços dos judaizantes para os gentios circuncidassem estava no mesmo nível
das práticas pagãs abomináveis. Em DT 23, 1, lemos que aqueles que são castrados
não terão acesso a congregação do Senhor, diz o texto “Aquele a quem forem
trilhados os testículos, ou cortado o membro viril, não entrará na congregação
do SENHOR”.
O receio de Paulo era que a circuncisão defendida pelos
legalistas avançasse em direção a castração masculina.
Para muitos em nossos dias, a expressão de Paulo parece
grosseira e a sua fala repreensível. Mas podemos ter certeza de que Paulo não
falava por um espírito malicioso ou em mau humor.
Ele falou de uma preocupação com o Evangelho da Graça e pela
verdade de Deus.
Queridos. Se como cristão estivéssemos tão preocupados com os ensinos de Deus e com o seu povo isso como Paulo estava, certamente desejaríamos que os falsos professores deixassem de existir nas igrejas. Diga não aos legalistas.
Nem circuncisão, nem incircuncisão - Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor. Gl 5:6
Queridos. O apostolo Paulo agora apresenta a essência do evangelho, numa declaração completa do princípio da justificação pela fé. Até este ponto, Paulo está falando apenas para os Gálatas, ele os alertou sobre o que pareciam estar fazendo.
Paulo que desde o começo da carta usava o pronome da segunda
pessoa do singular agora, muda o pronome muda para a primeira pessoa do plural "nós"
que é colocado de modo enfático.
É como se Paulo estivesse dizendo: "nós, cristãos, não escolhemos o legalismo; esperamos na fé através do Espírito a plena realização da justiça de Deus". Cada palavra neste versículo é importante, exceto as palavras não teológicas.
Depois de "nós", a proeminência no texto grego, está em "através do Espírito". É um lembrete da graça eletiva de Deus na salvação.
Em seguida, vem a frase "pela fé". Essa é a palavra-chave
e contrasta com a carne, como está reportado nos capítulos 3 e 4 aos Gálatas.
A circuncisão é da carne, já a fé precisa de uma abordagem
totalmente diferente, pois o cristão "espera ansiosamente" pela plena
realização de sua salvação. Ele não trabalha para isso, apenas espera por ela
em Cristo Jesus.
No contexto, a justiça pela qual esperamos, não se refere a
essa justiça imputada, não é uma justiça qualquer, mas a justiça alicerçada com
a fé na morte de Cristo.
Para essa justiça real, o crente deve crescer e estar perfeitamente conformado na glória. É com a esperança naquilo que, embora certo, ainda não foi totalmente realizado. Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor.
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